Silêncio teu

Silêncio teu que aqui invade
A roubar-lhe o rubor da face
Fez de tua pele, palidez
Como um dia que não nasce

Silêncio teu que aqui fica
A deixar-me a própria sorte
Fez de tua vida, sopro
E deu teu sopro, morte

Silêncio teu que aqui jaz
A prender-me o ar do peito
Fez de tua paz a minha
Em teu eterno leito

Silêncio meu que aqui nasce
A libertar-me do tormento
Neste deleite de agonia
Da qual hoje eu me alimento

Silêncio meu que aqui morre
A levar-te em um suspiro
Pois a noite te roubou
E depois a mim levou
Com um único tiro

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma xícara de chá

Ode ao pão de alho

Um corpo na cozinha